Acordamos por volta das 07:00.
Tomamos um belo café da manhã preparado pela minha tia. Nos despedimos e
partimos. Primeiro fomos ao Posto da Cuia. Tem este nome, pois na frente dele
há uma praça com o Nome de Praça da cuia. Nela há o monumento a cuia e ao
chimarrão. E é só isso que eu sei sobre o local.
No posto encontramos um casal e
mais um motociclista que também estavam a caminho do Uruguai. Porém, eles iam
em direção a Jaguarão. O casal estava com uma GSX750F. E o homem sozinho, uma
Hornet. Fiquei um pouco preocupado. Pois pela distância que eles iriam percorrer,
ao meu ver estavam mal equipados. O casal estava com calças jeans e jaquetas de
couro. A mulher, levava uma grande mochila nas costas. E o homem que estava
sozinho também estava só de jeans e jaqueta de couro. Na minha opinião, estar
devidamente equipado é importante. Para o conforto e, principalmente para a
segurança dos motociclistas. Só quem leva um tombo sabe o quanto é importante
estar bem equipado. Espero que tudo tenha corrido bem com os três. Que tenham
aproveitado tanto quanto nós e retornado para casa bem. Fiquei com pena da
mulher. Com aquela mochila enorme nas costas. As dores lombares foram
inevitáveis. Imagina, a gente sem mochila nas costas, o corpo já reclama, com
peso nas costas, fica ainda pior. Com o passar dos quilômetros, a mochila
parece que aumenta de peso. No fim de um dia de viagem, é o mesmo que ter uma
tonelada sobre os ombros.
Mas enfim, voltamos a viagem.
Saimos de Cruz Alta com destino inicial a Santa Maria. A estrada que liga as
duas cidades está bastante remendada. Há muitos desníveis e o cuidado deve ser
redobrado. Neste trecho, fomos passando vários caminhões. O que notei neste
trecho também foi à sinalização. Um tanto quanto confusa. Num trecho pequeno, havia
3 placas indicando Santa Maria. Porém, as quilometragens não batiam. Mesmo
assim, chegamos, (risos). Na chegada à Santa Maria há uma pequena serra, que,
eu conheço como Garganta do Diabo. É um visual muito bonito. De cima dela, você
avista uma parte da Cidade de Santa Maria. Lá paramos num viaduto que é em
curva. Tiramos algumas fotos e seguimos para a primeira parada no posto da
entrada da cidade.
No viaduto da Garganta do diabo
Vista da Cidade de Santa Maria
Viaduto da Garganta do diabo
De lá, fomos até a frente da Base
aérea da Aeronáutica. Apenas para um registro fotográfico no avião que tem na
frente. É um local bastante seguro para parar. Há uma espécie de pórtico e um
trevo com recuo. Assim, pode-se parar e fotografar a vontade. Para chegar lá,
chegando em Santa Maria de Cruz Alta, basta contornar a rotatória a esquerda e
seguir as placas que indicam o distrito de Camobi. Onde também fica a UFSM.
Universidade Federal de Santa Maria. São aproximadamente 8kms. No total,
desviamos apenas 16 kms. Valeu a pena.
Base da Aeronáutica - Santa Maria RS
Seguimos em direção à Rosário do
Sul. Nossa próxima parada. Há algumas obras no entorno de Santa Maria.
Portanto, todo cuidado é pouco. Mais a frente, havia três carros de argentinos. O meu GPS indicava para
entrar à esquerda. Porém, os argentinos viraram um trevo antes, e eu virei
junto. Resultado: Os quatro indo na
direção contrária. Felizmente percebi meu erro já no trevo e retornei. Logo em
seguida já estava no rumo certo. A estrada de Santa Maria para Rosário do Sul,
é muito boa. Bem conservada e muito pouco movimentada. A paisagem começava a
mudar. Ao invés das imensas plantações de grãos, as pastagens com as “plantações
de picanha” apareciam (risos). São grandes planícies que se perde a vista de
tão grandes. As retas são longas e muito boas para andar. A viagem rende bem.
Chegamos em Rosário, por volta das
11:40. Na entrada da cidade, há um rio (não sei o nome), e uma espécie de praia
de água doce. Pelo que sei, a população aproveita aquele local como praia
mesmo. Uma boa alternativa, pois estão um pouco longe do mar.
Lá em Rosário, almoçamos na churrascaria
Rodeio. Havia duas opções de espeto corrido e o mini espeto. Optamos pelo mini
espeto. E para nossa surpresa, era melhor que muito espeto corrido completo.
Comemos muito bem. A comida gaúcha é muito boa. Há alguns pratos que aqui em
Santa Catarina não estamos acostumados a ver. Como por exemplo, abóbora
caramelizada. Isso mesmo! No almoço. E claro, para acompanhar uma Coca-Cola de
1 litro. Aquela de garrafa de vidro. Que em minha opinião é mais saborosa que
aquelas de garrafa PET. Acho que é psicológico. Uma delicia.
De estômago cheio e em seguida, com
o tanque cheio. Voltamos à estrada. O sol estava entre as nuvens. O que a meu
ver, é bom. Pois não fica tão quente. As estradas continuavam ótimas e cada vez
com menos movimento. E fomos seguindo. No meio do nada, paramos. Queria
registrar aquele lugar, aquela experiência e aquela alegria que para mim era
estar na estrada. Como sempre sonhei. A moto estava se comportando muito bem, a
minha companheira estava muito bem também. Era parceira para tudo e não estava
com aparência abatida ou cansada. Estava curtindo assim como eu.
Vamos rodar! Muitas retas
intermináveis, e vento! Muito vento! A moto com todo aquele peso, em alguns
momentos ficava inclinada com tamanho vento que assoprava nas campanhas
gaúchas.
E depois de rodar. Outra parada no
meio do nada. Uma abelha ninja entrou pela luva da Sara e picou a mão dela.
Ninja mesmo, pois entrou por baixo das duas luvas que ela estava usando.
Paramos para os “primeiros socorros” e em seguida seguimos novamente.
Em algum lugar do Rio Grande do Sul
Patrick no seu habitat natural
Chegamos a Livramento as 15:00
aproximadamente. Fomos direto para a Pousada Pitangueiras. Fica a 4 quilômetros
da entrada de Santana do Livramento. Custo bem acessível e um lugar muito bom!
Fomos muito bem recebidos pelo Sr. Gustavo, proprietário da pousada. Ele nos
mostrou o chalé que ficaríamos. Um chalé muito espaçoso, com ar condicionado,
cama confortável e um ótimo chuveiro. Descarregamos as malas, tomamos um banho
e fomos descansar. NÃO!! Vamos às compras. Santana do Livramento faz divisa com
Rivera, e lá existem os famosos FREE SHOPS. A sara pira! Porém, o espaço era
pouco, combinamos comprar poucas coisas.
E assim foi, compramos perfumes e outros produtos que a Sara queria
(coisas de mulher). Em Rivera, há a Rua Sarandi. Onde estão os Free Shops.
Porém, um pouco retirado do centro, há o Shopping Siñeriz. É gigante. Um grande
shopping de uma loja só (entendeu??). Dentro é tudo dividido por setores.
Perfumes, bebidas, eletrônicos, roupas, tênis, etc. Também tem cinema,
supermercado, casa de cambio, café, etc. Estava lotado de brasileiros. Afinal,
era domingo de carnaval. Lá, aproveitei para fazer cambio para peso uruguaio.
Consegui a cotação de R$0,09 para cada peso uruguaio. E a meu ver, foi bom,
pois em Colonia e Montevideo, estava na casa dos R$0,08.
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